segunda-feira, 21 de junho de 2010

Os Astecas


No início do século XII os astecas (mexicas) instalaram-se em Chapultepec, margem ocidental do lago Texcoco, atual México. Os astecas são uma junção de vários povos como os Toltecas. Esses povos por inúmeros motivos chegaram ao fim e deram início à Civilização asteca. Os astecas eram considerados os povos mais civilizados e bem armados que antecederam a colonização espanhola. Em 1325 fundaram a nova capital chamada Tenochtitlan. Em meados do século XV, o rei Montezuma reinou tranquilamente, reafirmando as conquistas anteriores, e alcançando muitas outras. Nessa época a região passava por um período próspero. Em 1502, Mentezuma II reafirmou as conquistas imperialistas e fortaleceu a monarquia. Os astecas ganharam muitas guerras e foram anexando os estados conquistados.

Sociedade e política
Os astecas foram povos guerreiros, organizados numa sociedade dirigida pelos militares, que controlavam toda a população, dividida em camadas sociais. O poder era teocrático, o rei era divinizado e exercia enorme poder. Acima de todos ficava a família real, que comandava os exércitos e governava o império, sendo responsável pelas leis, pelos impostos, pelas construções e pelos alimentos. Abaixo da família real estavam os militares que eram divididos em três grupos: o primeiro formava uma espécie de conselho de estado, que ajudava o rei a governar; o segundo era composta por oficiais graduados que atuavam como juízes e generais; o terceiro abrangia os oficiais menos graduados, que cuidavam da segurança da cidade. Depois dos militares vinham os artesãos e comerciantes. A camada mais baixa era formada pelos cidadãos comuns, camponeses e escravos.

Economia e Cultura
A principal atividade econômica dos astecas era a agricultura. As terras, em sua maioria conquistada pela guerra, pertenciam aos nobres, mas eram cultivadas por escravos ou por pessoas que as arrendavam.
Como grande parte das terras era alagada, os agricultores se empenharam em desenvolver uma avançada técnica de drenagem do terreno. A chinampa era uma espécie de plataforma flutuante feito de galhos de árvore e barro, fixados no fundo do lago. Não tinham conhecimento da roda nem utilizavam os animais para tração. Cultivavam principalmente milho, feijão e pimenta. O milho tinha uma grande importância na agricultura. Ele era utilizado de diversas formas na alimentação. Do cacau fazia uma bebida muito forte, chamada xocoatl, bebida que deu origem ao chocolate. Cultivavam ainda tomate, abóbora, algodão e tabaco. Alimentavam-se também de cães, coelhos e perus. Os nobres comiam tartarugas e caranguejos. O mercado de Tlatelolco, cidade conquistada em meados do século XV, recebia diariamente milhares de pessoas, onde se vendia, comprava ou se trocava de tudo: legumes, verduras, ervas medicinais, machados de cobre, panelas, plumas, jóias e até prisioneiros de guerra, que eram vendidos como escravos. Não existia dinheiro, mas a semente de cacau era utilizada como moeda e simbolizava riqueza e poder.
A beleza de seus templos e construções provoca admiração pelo tamanho. Construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Os templos eram construídos em cima das pirâmides. A escultura era feita de pedra, tinham em geral forma e desenhos que remitiam a natureza ou continham figuras simbólicas. Elas eram colocadas nos templos. A pedra do sol é a escultura mais conhecida. Eram excelentes ourives, usavam moldes para fazer as peças. Esculpiam jóias em pedras, ouro e prata. Faziam móveis de madeira tais como mesas, bancos e machados. Tingiam o algodão e faziam tecidos coloridos. Na plumagem, desenvolveram um trabalho onde todos participavam, essa arte era usada para enfeites das mais variadas utilizações. Na pintura as figuras eram abstratas, geométricas ou mitológicas. Eles utilizavam a pintura nos códices (livros), registravam neles acontecimentos importantes. Na literatura desenvolviam o contexto lírico, religioso ou histórico e normalmente era feita de forma oral.
Os astecas dominavam a técnica da escrita hieroglífica, no entanto a cultura era repassada principalmente por via oral. Dominavam o uso de plantas para caráter medicinal, dentre as plantas utilizadas destaca-se a passiflora e a valeriana. O sistema de medição do tempo baseava-se na combinação de calendários. O calendário solar tinha 18 meses de 20 dias, mais 05 dias que eram considerados nefastos, totalizando 365 dias. Os astecas avançaram também no campo da matemática e da astronomia.
A religião asteca era politeísta. O principal deus era Quetzalcoatl, que era considerado o responsável por tudo que existia. Havia outros deuses como: o deus da chuva – Tlaloc e o deus da guerra - Huitzilpochtli. Faziam sacrifícios em larga escala, diariamente eram oferecidos corações humanos. O sacrifício era uma parte fundamental para os astecas, eles acreditavam que quanto mais sangue jorrasse mais os deuses ficariam satisfeitos. Normalmente as vítimas dos sacrifícios eram escravos capturados nas guerras. O sacrifício era realizado de diversas formas, a necessidade de vitimas era constante e dependiam da guerra para obter essas vítimas. Acreditavam que se a oferta de sangue parasse o Sol apagaria. Os sacerdotes eram responsáveis por executarem as vítimas e o sacrifício era feito ao ar livre.

Conclusão
A atual cidade do México é a antiga Tenochtitlán, fundada pelos astecas. Os astecas deixaram uma imensa herança cultural aos Mexicanos e ao mundo. Durante escavações realizadas nesta região, os arqueólogos do Instituto Nacional do Museu de Antropologia e História (INAH) do México, encontraram peças de cerâmica feitas por astecas que viveram em épocas anteriores e posteriores à dominação espanhola. Embora sua arquitetura tenha sido quase toda destruída, nas escavações realizadas constatou-se uma incrível técnica de construção.




BIBLIOGRAFIA
SOUSTELLE, Jacques - A civilização Asteca, Rio de Janeiro, Zahar Editor, 1987.

LEHMANN, Henri. As civilizações pré-colombianas. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990. 119 p.

PINSKY, Jaime (Org.) História da América através de textos. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2007. 173 p.

PEREGALLI, Enrique. A América que os europeus encontraram. 12. ed. São Paulo: Atual, c1994. 96 p.

NOVA enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1997. 18 v. ISBN 8570264801(obra completa). Vol. 2 – Astecas Vol. 8 - Incas, Vol. 9 – Maias.

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